quinta-feira, 10 de junho de 2010

Inquietações...

Acho graça de mim, que espero à frente encontrar a solução dos meus enigmas.
Procuro o que não se perde, nem se pode encontrar!
Não tenho certeza de nada, e mesmo assim me disponho...
Alguém aí pode me ouvir?
O que não posso perder de fato é a capacidade de contemplar a beleza, os afetos, de manter a compostura, o orgulho e a esperança.
Momento...
No espelho não vejo ninguém. Virei poeira de gente.
Pensar dói...
Vôo com meu par de asas tortas sem o tédio da comprovação.Opto pela loucura, com uma pitada de realidade.
Então...fingir que te deixo livre é um jeito egoísta de amar!
Pensamentos aleatórios...inquietações!
Relacionar-se é uma aventura, fonte de alegria e risco de desgosto.
A indiferença é uma forma de libertação? 
Calar pode ser um bom exercício para nossa mente aflita de tantas informações, paralisada entre tantas escolhas.
Tenho dificuldade em lidar com o silêncio: ele ressoa mal no vazio do meu interior.
Então ponho a máscara do dia, um rosto cômodo e fixo: assim garanto a minha sobrevida...e se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Não acredites neste breve sono; 
Não dê valor maior ao meu silêncio.
Se pareço ausente, não creias.
hora a hora o meu amor agarra-se aos teus braços, 
hora a hora o meu desejo remove estes escombros.
Devo largar as perdas que ficaram na soleira entre o passado e o recomeço?
Calamos quando seria melhor falar.
Falamos quando teria sido melhor dizer alguma coisa, qualquer coisa!

Abismo...

O amor é uma escultura que se molda sozinha. 
É uma flor inesperada que brota, sem estação do ano para surgir, nem para morrer.
Devia esquecer o amor, mas esse não desiste de mim: me agarra, me devora.
Somos autores e personagens. 
Nos vestimos nos camarins, rimos ou choramos atrás das cortinas. 
Vendemos entradas; às vezes vendemos a alma.
Sou marcada pelo susto da beleza, pelo terror da perda e pela profunda chaga de amar.